15.4.14

outra oração ao Senhor do tempo.

Senhor do tempo,

pela brevidade do achado, talvez o senhor ache que nem mesmo deveria te escrever. talvez nem eu mesma ache que deva escrever. mas escrevo. aqui tenho a oportunidade de escrever um sentir e logo depois lê-lo, para quem sabe não mais senti-lo, ou para quem sabe lembrá-lo.

quando vi que ele rezava ao dormir, pensei o quanto é importante existirem orações. de quando em quando invento uma a seres mitológicos como o senhor, Senhor do tempo, que é quem me guarda, que me guia e que me conforta. nada do que vivi, até hoje, mostrou-se sem solução quando te invoco e creio que essa é só mais uma das coisas.

quando li o que ele disse sobre pensar em coisas boas que vivemos, eu primeiro te reneguei, o que foi sempre o maior dos erros. se é o tempo que me fez entender tudo e que me faz entender sempre que a vida passa, que a vida vem, que a vida é presente, devo, sim, estar feliz pelas coisas boas que vivi com ele. não vou mais ficar triste. essas coisas acontecem mesmo.

e quando ele me disse adeus, eu entendi, Senhor do tempo, que era exatamente aquilo que antes te pedi. preciso me resignar e aceitar que se isto me deste e me tiraste, é porque algo melhor está por vir.

algo melhor sempre está por vir.

sabedoria e paciência para as coisas boas que virão. e que vêm sempre. e as que já estão aqui.

amém.

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