8.1.12

mostra teu rosto, assim é melhor.

tá tarde, eu ainda não almocei. eu me encontro totalmente perdida na solidão. é engraçado que sempre que a gente tem alguém a gente espera pelo domingo. domingo é dia de filme, de chamego, de cafuné, de carinho, de jogar vídeo game e de comer sushi ou sanduíche no fim do dia. não é que eu sinta falta de alguém comigo, eu sinto falta de alguém comigo pros dias vazios. pra pegar a solidão e dançar. não me parece real a distância que se diz. não me parece real a imensidão de costumes diferentes de uma cidade pra outra, numa mesma região. não me parece real, ainda, que quando, finalmente, nos encontramos, nos dispersamos. assim mesmo, com os oblíquos todos na frente para mostrar que o que importa mesmo somos nós. aí fico pensando 'mas se fosse para ser, seria'. talvez, se destino existe, ele seja um tanto brutal conosco. talvez mesmo tu sejas um comodista. verdade, verdade. por alguns meses lutaste contra tua preguiça e deixaste-te amar e ser amado. mesmo de longe. era amor o que a gente sentia quando acordava o outro de manhã ou na hora do almoço mesmo de longe. mesmo que fosse um sentimento inominado: ele já corre há tanto tempo. e não parou. ainda corre, ah, deuses... semana passada desacelerou bem à altura do estômago com um beijo bem dado, dormiu abraçado e acordou num pulo, quando viu que o sol já tinha nascido há umas 2 horas. e saiu correndo de novo, mesmo de olhos fechados. tem gente que pergunta 'mas como isso vai terminar?', eu não respondo - até porque não sei também - e quando a pessoa se dá conta do que perguntou, ela se responde 'isso não vai terminar'. não sei até que ponto o vai e vem pode ser eterno. acho mesmo que podes ser contente por aí, namorar, estar com ela em outros domingos que deveriam ser meus... viver uma história igualzinha a nossa com ela. mas não é a minha casa. isso me marcou. 'não és tu'. definitivamente, eu não posso ser substituída, é isso o que tudo o que disseste quer dizer. eu sinto tua falta todos os dias, e te digo isso sóbria. não espero teu 'eu também' sóbrio, até porque tem coisas que a gente conversa só com um copo de cerveja no quintal de tua casa. e uma voz conhecida me fala 'ele volta em tal mês...' e a voz de minha consciência sussurra: 'e tu, ainda estarás aqui?', eu me respondo: 'eu espero não estar'. não que tu não vá namorar de novo, ficar com alguém de novo, aqui, aí, afinal, teu comodismo é intrínseco de ti. é uma das razões que dizes para 'não darmos certo': é que eu mexo contigo e teu comodismo. eu não sou comum. e não é porque eu forço ou tento. é porque eu sou assim. é por isso que 'te apaixonas mais uma vez sempre' ou, em outras palavras, que não te desapaixonas nunca. então. não é por eu não estar aqui que não viverás tua vida como sempre. mas é por eu não estar aqui que tu nunca conseguirás viver tua vida como sempre sem tentar.

ou não é verdade que até hoje (sem mim) tudo não é uma mera tentativa?

Um comentário:

  1. eu iria responder, mas quem sou eu pra tanto heuheehue. mas é isso mesmo.. é tudo uma loucura, uma impossibilidade mas acho que tem um fundo enorme de verdade.

    ResponderExcluir