16.1.12

the dog days are over.

o negócio é o seguinte, caro: és-me raro. és, és, sim. bem, assim como me foste caro para o mal, foste-me raro para o bem. ninguém me fez tão bem, ah, não... sabes bem das coisas que gosto e do que quero, pegaste-me pelo ponto fraco... o de me conhecer. e por isso também foste meu mal. mas tudo bem, não há mal que se propague no tempo sem que o tempo apague ou transforme a mancha em bem. é bem claro que nada do que te fizerem por aí será metade do que viveste por aqui, já sei, já sei, não falo mais sobre isso, não. o fato é que eu deixo, de bom grado, que sintas saudade de mim e queiras abafá-la desse jeito maluco que tens. tudo bem. mas eu não abafo saudade, eu grito, ao menos eu escrevo um grito silencioso aqui do meu coração. nossa, como te sinto em saudades! todos os dias e noites! mas isso vai acabar. não a saudade. quem dera poder-me fazer uma sistemática de um brilho eterno de uma mente sem lembranças... mas que graça teria? quer dizer, acho que nem se eu pudesse, escolheria apagar minhas memórias de ti. elas estão em todo lado, em mim, fora de mim, dentro do meu quarto, eu as visto, eu as ouço, eu as sinto, eu caminho com elas, tu estás aqui, ali e em todo lugar e que booom! eu acabei de pensar que me sinto tão feliz com isso. eu sei de todo teu pequeno detalhe, eu sei e como sei? eu só sei... mas os dias de cão acabaram, meu raro. meu lindo, que apelidei com tanto carinho em uma época que não parece ter sido nessa vida, eu vou ser tão feliz, mas tão feliz, que tu vais te perguntar, com certeza, um dia, da razão de teres me deixado. não é praga, eu sei das coisas, sabes? sei que sim. mas é que vai chegar um momento em que tu vais ter tempo de sangrar, nem que seja por 5 minutos e eles te serão suficientes para pensar 'por que estou longe dela?'. e por mais que eu queira ser sem ti, não será fácil, e por mais que seja loucura dizer isso, eu não espero ser demais feliz para que percebas o quanto foi grande a cagada que fizeste. não, não. eu acho que espero que percebas antes disso, porque assim é bom pra gente: ir construindo uma felicidade que só tem na gente... mas se não perceberes nessa vida... ah, meu bem, eu vou ser tão feliz, tão feliz, algo que não serás se assim continuares... já te disse tantas vezes... tu sentes e queres fingir que não, queres achar que só sabes... e eu sei e, oh, deuses, quero achar que não, que só sinto...que paradoxo. mas eu sei e sinto... voltarás. não acabou. e não acaba assim. mas enquanto isso, eu não vou mais sofrer, nem chorar, nem acordar com vontade de não sair da cama, eu vou à luta, e quando eu estiver muito, muito bem... sei que vens atrás (como sempre foi) e aí a gente conversa. quem sabe do futuro, não?... é... eu sei um pouco. eu sei que os dias de cão acabaram. vai ser feliz daí que vou ser daqui. só continuo duvidando que consigas sem mim. ;-)

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