4.3.15

o dia seguinte (ou "como se")

não é como se eu não soubesse exatamente o que está acontecendo. é exatamente o oposto: eu sei o que está acontecendo. e é com se eu chegasse a um lugar que há 1 semana era meu porto seguro e agora parece ser um local estranho. é como se eu não mais pertencesse.

eu acredito e já vivi momentos como esse. que basta 1 segundo, 1 sensação, 1 piscar de olhos para que eu pudesse perceber que algo estava diferente. algo está diferente. algo mudou, algo me deu uma visão maior do que jamais tive em relação à alegria de ser com alguém.

que eu sou só minha até você já deve saber, mas que eu fui feliz tanto durante esses dias eu espero que você tenha percebido, e é como se me faltasse algo que nem sequer antes existia. é como se a vida tivesse me mostrado algo a mais e eu tivesse me acostumado com isso.

e então agora não pareço mais querer o que era antes, parece que quero o que ganhei. e isso é como se fosse mais uma prova que a vida me dá. ela me diz: "eu tô te dando algo muito bom, mas não totalmente, você vai ter que merecer o resto".

eu tô tentando continuar merecendo meu presente, minha surpresa, meu natal, meu ano novo, minha viagem em que fui fugitiva e que valeu absurdamente a pena. não queria voltar. queria estar agora na cama que ficou com nosso cheiro e olhar pela janela vendo o céu que sempre quis admirar.

não consigo explicar o quanto eu fui feliz e o quanto agora eu estou com saudade. amanhã tudo volta ao normal, tirando que mais uma vez começarei a recontar o tempo. é como se essa relatividade se alinhasse perfeitamente ao que dizem: quando a gente quer que passe rápido, não passa...

e eu sinto falta do conforto dessa casa...

é como se eu não soubesse o que está acontecendo, mas eu sei: isso que sinto é forte.

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