18.3.15

Leve desabafo do meio da noite

Meu silêncio fala.

E não fala pouco. Meu silêncio grita.

Eu cansei de colocar a culpa no cosmos. Nos signos. No destino. Eu cansei de colocar culpa.

Porque realmente a vida anda, a vida passa e eu não vou assistir pela janela.

Eu deveria acreditar, porque não há razão de não acreditar em ti. Mas eu prefiro acreditar em mim. Eu preciso ser quem eu digo e quero ser. Eu preciso ser empoderada.

E se a paixão me deixa de ponta cabeça, eu tenho que ser forte e voltar aos pés no chão. Tu me deixaste virada e revirada e ainda estou assim, mas eu não tenho tempo, não tenho muito tempo de esperar. Eu quero o que posso ter e se não posso, eu prefiro não querer.

Afinal, eu ainda sou a menina que gostas? Meu desabafo é este. E eu, em silêncio, mando-te sinais. Mando alma. Mando vida.

Mas não falo.

Calo.

Meu silêncio fala.

E quando eu emudecer de vez, não há volta.

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