18.3.15

Leve desabafo do meio do dia.

Sempre que há um adeus, o coração chora. A não ser que quem esteja se despedindo não se importe. A não ser que não esteja se despedindo.

Aqui em meu peito, já existe meio que um adeus. Uma despedida forçada, pelas circunstâncias (?), pela distância (?), pela estranheza que ficou nos últimos dias (?), pela impaciência de ambos (?), cada um sendo impaciente do seu jeito.

Aqui, como vejo, a vontade que eu tinha de ser algo para ti vai (infelizmente) diminuindo, assim como tua vontade de que eu fosse algo para ti, também. Sei - mas não posso ter certeza absoluta, pois estou longe - que já há alguém. Eu desconfio. Sei e desconfio. Não costumo errar.

Não seria problema nenhum, caso eu continuasse sendo aquela que tu gostas e meu tratamento não mudasse. Mas mudou. Devido a outros sinais, eu só posso pensar que há alguém. E não posso fazer nada.

Mas a despedida dói e vai doendo de pouquinho. Eu lacro os lábios, respiro fundo, tento pensar em outra coisa. Eu faço tudo, menos o que eu queria: que era tirar essa dúvida de dentro de mim. Estamos nos despedindo?

Deixo pro destino? Confio nos instintos?

Estive fazendo isso desde que te conheci e pelo que me consta nunca me arrependi. O que fazer? Creio que apenas confiar.

Confiar em mim mesma e no futuro. Em ti, já não sei, pois não parece haver mais nada do lado daí.

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