2.1.15

Foi.

Foi a boa notícia que o cosmos ou seja lá o que se quer acreditar me trouxe. Foi assim, como se fosse um presente, como se fosse algo que te dissesse: estás viva, estás condensada neste corpo que não é só matéria. Quer dizer: foi aquele prazer que veio vindo só ele, antes sexual, depois de uma forma sutil de combinações de gostos e conversas. Foi assim que algo foi me dizendo que se fosse para ser, seria, mas não seria nada que o senso comum costuma pensar... ah, seria só algo muito bom. E por já ter sido algo tão bom é que em saudade se desfaz. Tudo que é bom deixa uma certa vontade. De novo, de novo, de novo eu vou dizer: esse ano vai ser bom e vai ser novo. Comecei bem, começamos bem. Que diferença, que coisa única. Que carinho. Não, não sou carinhosa, mas minhas mãos não queriam deixar teu corpo, nem tuas mãos, sei lá por quê, talvez só porque quisesse aproveitar com toda a máxima alegria aquilo tudo. Foi como deveria ser, só que melhor. Foi natural de uma maneira que só sendo voltando no tempo para que pudéssemos ver aquilo sendo. Não consigo e nem quero esquecer toda a minúcia de algo que me marcou, de algo que foi tão importante quanto uma passagem de ano. Não quero esquecer e nem preciso esquecer o que vivi e como estive viva, mesmo contra todos os caminhos que muitas vezes peguei no passado, e estar viva é uma vitória. Fizeste parte e não vou esquecer. Já sinto, sim, saudade. Um beijo.

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