11.1.15

say it's possible

De um distante céu colorido, veio vindo aquele sopro de sentir que nem se imaginava que viria. Em verdade, nem se pediu. Num estardalhaço de alegria, veio e bagunçou os órgãos internos da alma e deixou. Deixou, mas deixou o que? Deixou algo, deixou nada. O barulho silencioso de algumas madrugadas serviu para mostrar o quanto ainda é possível viver e sorrir, despretensiosamente, mas a conversa e a risada mostraram a bagunça deixada por esse sopro leve que veio de um distante céu colorido. E quando o céu se fecha? Hoje não dói tanto. Hoje aceito o que a vida é porque a vida simplesmente é e se não aceitar, fico louca - de novo. Então, aceito tudo o que ela vier me dar, nem sempre com entusiasmo, algumas (muitas) coisas com resignação. Cadê a voz? Cadê a madrugada? Cadê a risada? O vento sopra. O sopro não tem forma. Ele só continua correndo.

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