24.1.15

reciprocidade.

nem em meus versos mais bonitos ou raivosos
nem na maior proximidade e tempo
nem quando eu achei meus dedos nervosos
nem quando eu dizia do vento em movimento

nem mesmo quando eu escutava as canções
nem nos momentos mais solitários e criativos
nem mesmo quando eu media paixões
nem nas horas em que pensei que cativo

em nenhum local do passado
em nenhum recinto em que estive
em nenhum tempo perdido ou achado
em nenhuma paixão que tive

nada é igual ao início
nada é igual ao anterior
nada é igual ao que já foi tão difícil
nada é igual a esse ardor

se já passei por provas de fogo
se já aprendi a ter maturidade
se já cresci empurrada por um soco
se já sou quem sou em minha realidade

eu posso dizer...
eu posso suspirar...
eu posso viver, eu posso simplesmente ser o que eu quiser!
eu posso me libertar, eu posso gritar, eu posso sorrir e chorar!



nada do que já vivi me fez ter mais vontade de viver do que essa agora.
sem medo,
culpa,
fé, devoção ou credo.

só pela vontade de viver todo o dia ao lado de alguém que está longe e perto ao mesmo tempo.
porque eu sei que quem eu quero me quer bem. de verdade. existimos aí e aqui dentro de meu peito.





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