26.5.13

sugar boy.

Você me disse para eu aprender a viver sozinha e gostar de mim mesma, ou algo mais ou menos assim. Você me disse que eu não deveria procurar pessoas, mas que eu me preocupasse com as coisas que me fazem bem, que me trazem paz, ou algo mais ou menos assim. Você me disse e eu achei válido o conselho. Então, eu fiz. E continuo fazendo. Aprendendo a me virar sozinha quando estou sozinha. Não estou sempre, tenho minha família e meus poucos e confiáveis amigos. Mas estou um pouco sozinha quando lembro você e você não está aqui. Nem aí.
Enquanto você me dizia isso e eu aprendia, acontecia o que eu já sabia. Você não estava sozinho. Foi deitar os braços em outros abraços. E, bom, eu não posso nem reclamar. Fisicamente, estamos muito longe. Fisicamente.
Doeu, meu bem. Doeu saber. Mas só porque dói saber que não posso dar todo o amor que um dia desejei poder. Sinto falta de todas as coisas que pensei em poder oferecer mesmo sem poder. E fazer. E compartilhar. Dói um pouco saber que há outro alguém fazendo tudo o que não posso.
Mas eu entendo.
É a sua companhia. Eu sei o que é precisar de companhia. Pode parecer loucura, mas fico até feliz por saber que há alguém para te abraçar quando você precisa...
Eu acho que você ainda tem muito a aprender e há coisas que queria ensinar, mas só a convivência faria isso. Numa misturinha de lágrima e sorriso, eu penso o quanto isso não é possível.
Foi gostar. Não tenho vergonha de dizer que gosto de você, e foi de um jeito nada convencional, mas também já me conformei que quase nada é convencional na minha vida. Foi engraçado também como ocorreu.
Não é só engraçado hoje em dia, entretanto, porque coisas foram somadas. A distância pesou. E eu necessitei tanto de teu corpo que não pude lidar. Por favor, perdoe os exageros, isto aqui talvez seja até mais um.
Nunca saberei exatamente como você se sente, e esse é o grande mistério de gostar de alguém: confiar. Em tanta coisa... É por não conseguir saber disso que não posso exigir nem julgar nada.
Então, mesmo que isso não seja importante para você, gostaria que você soubesse que eu entendo. Entendo que você não podia esperar me encontrar novamente, que precisava de companhia, que você estava só.
Entendo porque eu sei o que é se sentir só.
Mas também quero que você saiba que isso não justifica nada. Não justifica você ter sido mau comigo algumas vezes. Ou você ter me ignorado. Ou você fingir ter me esquecido. Não justifica você ter se comportado de uma maneira que me fez pensar tudo isso, mesmo que não tenha sido isso.
No mais, eu entendo. Porque prefiro seguir com o coração leve, sem culpar ou julgar ninguém, porque a vida é esse vai e vem incessante... Quem pode dizer do futuro? Uma vez você me disse isso também.

E agora?... Agora? Bom, agora eu tenho tudo o que preciso para continuar. Você segue sua vida e eu sigo a minha. Sempre desejando o melhor um ao outro, mesmo que não sejamos o melhor um pro outro.

Ok?





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