15.12.13

Febril.

A febre traz a falta da mão que toca para senti-la. Fora isso, nada mais.

Foi um sopro de vida, sem ardência nos olhos, uma alma perdida que se interessou pela lida.

Diária. Sem tempo. Definhando. Sem remédio.

Não deu. Febre tomou conta. Agora o que a febre tem é somente a quentura. E a fria realidade de que não será medida.

Mas a alma não está ressentida.

Ela entende. Sem febre, sem culpa. Tudo bem. Sente apenas a falta, a falta da mão que sentia, media e carinhava.

Às vezes, a pílula não faz efeito. O desfeito... bem, a gente conserta sozinho o desfeito.

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