18.12.13

Black dog girl

Respira.

Pinga tua água do fundo do copo e determina.

Sua teu sangue da ponta do dedo e fascina.

Facínora.

Pega da tua a vida que é una, joga-te e recria, peste lenta que me segura, seca a alma num lenço que me faz impura.

Sem saúde. Sem saudade do que sou. Sem vontade de ser.

Cretina.

Engole teu choro, engole teu cheiro de enxofre, esquece esse charme maciço, e te alimenta, mas não come gente, alimenta-te, explode, exuma, renasce!

Prega tua lágrima no portão que te largou para fora como um ser que nunca existiu tão profundamente como se sentia, e se dizia, e se cabia e engata.

Vadia.

Desgraçada.

Maldita.

Posso te chamar de todos os nomes que eu quiser e ainda assim ganharás todas as batalhas.

Sai de meus pesadelos e pensamentos, resfria teu mundo para lá, deixa-me ser o que devo ser, tira tuas patas imundas de cima de meu corpo.

Cai. Vai. Sai!

Sua cadela, dá vertigem, sai fuligem, fico em crise, rotaciono, eu me mato mais um pouco e escureço, enquanto tu te ris de mim, como alguém que mais uma vez ganhou uma batalha.

Assassina.

Menina. Dançarina.

Não me nina.

Só me ensina.


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