2.7.13

poeminha para que leias com tua voz.

fala
sente
palpita esse sentir que vem do meio das pernas e se esvai na poesia colorida
escreve
e escreve pensando no tom de voz dele
em como ele te leria
engole a seco o que não se respira
mas traga o corpo quente como se não houvesse daqui a pouco mais vida
aquece
e te enduvida
realiza todas as tuas perguntas
naquele olhar que te enlouquece
por não saberes decifrar
o que há em todo aquele olhar?
faz uma prece
tão silenciosa a ponto de nunca ser ouvida
inventa palavras tortas e sem sentido
poesia torta e sem sentido
e então te cresce
como não mais te houvesse
o pensamento que te silencia
sente aquela alma vívida e lírica
sente o que tu podes, criatura!
e tu podes tanto, tu podes tudo
não encarcera o que mais de lindo há em ti, que é teu sentir
vai pra frente
se tá com medo, vai do mesmo jeito
se tá em crise, vai do mesmo jeito
se quer ir, vai
respira
e te sustenta
pois és tu sem ele, és tu contigo mesma
sempre foste
vocês dois são seres somados
motivados
então, deixa
não te confunde, vê se te esclarece
tem força e tem fé
fala
sente
não faz mal
escreve-te
e tu,
tu podes ler
mas desenho as letras mal
porque não tenho métrica, nem rima
nem ao menos concordância cerebral
mas eu te falo
que sinto
aqui
entre as pernas, entre meus seres, entre meus infinitos sentires, entre nós, cá entre nós, eu te falo
que sinto
aqui
e aí
e por aí
sinto
sente
mesmo que o pensamento prenda




sinto.


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