29.6.13

em conta.

Por mais que eu me deixe sempre um pouco por aí
Eu nunca me acabo
Parece que estou sempre completa
Porque se me subtraio
é pra multiplicar
E se me divido
acabo me somando
Posso ter te confundido
Mas é que sou inteira
E mesmo assim
eu me deixo sempre um pouquinho

Acho às vezes que não haverá mais carne para suportar o momento em que ainda não me cresci
É quando percebo que não é a carne que sustenta
Mas sim a alma crescida descolada do corpo
Por mais que me deixe carne
sou inteira alma
Então nunca me falto
E o que me sobro
distribuo por aí
pelo sorrir

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