9.6.13

porta.

estive, durante muito tempo, vivendo em um labirinto. achei a saída e hoje não me permito mais me perder, a não ser que eu esteja de mãos dadas com alguém. permito-te, somente, abrir as portas de mim mesma, deixo que me explorem a alma e, assim que se desejar, partir. deixem-me. mas me deixem no final. porque não adianta se perder em alguém se esta pessoa não te oferece a mão. abro-te as portas. não tenho grades ou janelas, muito menos muros altos. sou simples e quero amor, amar e ser amada, como tantos outros seres por aí. não há regras, só amor. quando não há amor, faço regras. a regra é: deixe-me. faça o certo. não me misture, não me agregue, eu sou única e não vou querer ser mais uma. não é por defender arduamente a fidelidade, não. é porque eu ser única de alguém, pelo menos por um momento. quero compartilhar coisas únicas. olha, a porta pro nosso presente - não falo de futuro porque não me cabe - está encostada. discretamente aberta, pois sou prudente. não precisa "ter dedos" para entrar. não precisa bater. entra. fica à vontade, relaxa, puxa uma cadeira, toma um café, lê uma revista. gosto do tranquilo. mas, se estiver em dúvida, não tema: feche essa porta, tranque. e jogue a chave fora.
não adianta bater depois. não abro. se quiser, esforça-te e acha a chave. mas aí, se acontecer, pergunta antes se podes entrar, porque não é todo o tempo que se tem essa oportunidade.
(em 04.06.13)

ps: tranquei a porta.

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