18.3.13

eu vou.

ando tão cansada... mas não posso deixar de andar. entendo bem que, se parar, nada muda. e mesmo que eu não espere muitas mudanças, não vou ficar parada esperando que as poucas que desejo venham até mim. eu preciso, cada vez mais um pouquinho, ter o coração em minhas mãos, porque se passei os últimos anos que vivi aprendendo a ser forte, agora é hora de aprender a ser terna. o processo de se meter em uma fortaleza metafórica e lá se proteger é facílimo perto do que quero passar agora. porque não há dificuldade maior em alguém de pedra querer se transformar em alguém de algodão. é, eu ando cansada porque simplesmente eu olho para o mundo e tantas vezes tenho vontade de chorar: um mundo tão vingativo, sofredor, invejoso, egoísta. para que me transformar em algodão quando esse mundo parece me exigir ser de pedra? eu não sei ao certo, mas é que a solidão de ser sólida tem batido com muita frequência em alguma parte de meu ser que sei precisar. sinto uma agonia crescente e que piora quando não consigo falar algo que sinto. eu não falo o que sinto. posso dar umas pistas, mas é uma trava muito grande. medo, insegurança, agora eu tô tentando falar o que sinto quando não falo o que sinto. é um treinamento. eu me canso em pensar que vai dar errado, que eu vou ficar triste - eu evito tristeza -, sei lá. mas eu tenho que andar, sabe? evoluir. melhorar. assim, eu acho que vou atrair coisas boas, pessoas boas, vibrações boas. e tem que ser. eu quero. eu quero poder dizer "eu te gosto", seja lá para quem for, eu só quero dizer. apesar de o mundo às vezes me fazer achar que não vale à pena, tem uma sensaçãozinha aqui dentro de mim que tá me dizendo: "vai". e eu vou.

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