21.11.12

sinto-te ainda, maldito, em saudades ternas que não me saem do peito quando de repente e do nada te vejo. eu te sinto ainda, como uma pontinha de faca que cutuca o coração toda a santa vez que a ferida fica exposta, porque és tão educadamente esquecedor que não terias a audácia ou a coragem ou a falta de compaixão de me acertar durante quase sempre. e então tu te fazes em figura sólida onde não consigo direito sentir teu cheiro, pois tão longe e tão perto. eu deveria ter te dito o quanto ainda te desejo e parece que não para, mas eu ainda te esqueço, maldito. e vieste brincar comigo logo hoje, quando tudo estava bem e havia riso, eu não precisava de ti. desenhei esta letra A como se não houvesse mais tempo correndo, como se não houvesse mais céu ou minha vida vivendo, eu parei e o mundo parou, foi quando eu percebi que não havia sustento, foi quando eu entendi que não havia momento, foi quando finalmente tudo apareceu para mim somente como um pequenino tormento. que ainda atormenta. 'A'-mor, foi que te fiz e te escrevi e te sonhei e ainda te quis. maldito-e-terno.

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