4.6.12

don't let it break your heart

hoje eu me lembrei porque sentia saudades. revigorada, ela veio de leve se manifestando durante a manhã, após mais um sonho bom. a verdade é que tanta coisa já passou que não sabia mais ao certo o que eu estava sentindo. e, num rompante, chorei. fazia tempo também que não chorava. vai ver que era porque eu não sentia.  mas foi só a recordação das razões da saudade chegar que eu vi porque eu sentia saudade. era bom, era estupidamente bom. e ainda é quando lembro. nem faz tanto tempo assim, não é? ou faz. o que sei desse tempo todo é que pedi exaustivamente ao tempo que me curasse dessa saudade. pelo menos da dor de senti-la, como se o mundo inteiro se abrisse e eu fosse caindo pra dentro de mim mesma, sem saber quando ia parar. era uma agonia. mas hoje, no mesmo dia em que lembrei porque sentia saudades - a ausência da presença -, eu também me dei conta que isso não me arrasa mais. agradeço ao tempo - um de meus senhores - por fazer somente que eu recorde o que passou e que sinta saudade do que vivi, e por não me deixar mais experimentar o dissabor de ficar imaginando um futuro que jamais existirá. 'foi' bom. e dá saudade. pode ser que a gente ainda possa viver em harmonia mesmo, espero que sim. mas é que eu quis tanto viver ao teu lado que já não sei mais se quero essa harmonia distante. talvez eu ainda pense que só funcionamos se próximos. talvez em ainda pense que se não for assim, não dá. e, por essa dúvida, sigamos. as estradas que seguimos nos levaram a caminhos muito diferentes. não sei o que vai acontecer daqui em diante. nem tento descobrir mais.
acho que só queria registrar que senti saudades e agora, diante de tudo, eu me lembrei da razão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário