22.4.12

ainda não fazem pessoas de algodão*

eu não consigo mais não acreditar que nada nessa vida é por acaso. em tempos de reflexões diárias sobre a existência, não posso deixar de reparar o quanto o encaixe dos acontecimentos  é misterioso e perfeito. mas uma coisa, no meio de tanto mistério, é certa: mesmo que demore, ainda vais entender o que estava pela metade. eu odeio dar conselhos porque eu só sei explicar o que eu passei e senti, pra eu mesma me aconselhar e saber o próximo passo. peço ajuda aos meus amigos mais queridos (e são pouquíssimos), mas dar conselhos sempre foi difícil. mesmo assim: segue nessa vida com algo pra acreditar. não tem como não acreditar em algo bom, porque existe. pode não ser tão palpável, tão material, e é isso que dá toda a credibilidade pro negócio: o imaterial é tão misterioso quanto à vida e faz com que a gente tenha várias possibilidades de caminhos e de evolução espiritual: é o tal do livre-arbítrio. peço perdão muitas vezes ao dia por coisas que fiz, óbvias e não óbvias, só pela esperança de que um dia tudo isso vai se encaixar: as coisas ruins se transformarão em boas e eu vou entender tudo o que passei, passo e ainda vou passar. por essas e outras que nada nessa vida é por acaso. de vez em quando, a vida me traz cada surpresa maravilhosa... nada descreve essa leveza minha. a esperança sempre se renova. a vida sempre me sorri, complicada, mas sempre mostra os dentes. sempre tenho a luz comigo, as pessoas que escolhi ter ao meu redor, o amor ainda não encontrado que escolhi esperar tranquilamente, o que é meu há de ser. pessoas de algodão não são fabricadas, mas sim se transformam. saí do chumbo pro algodão, do peso para a leveza.
e é isso, sem 'moral da história'.




*trecho da música 'joão e o pé de feijão' do cícero rosa lins.

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