3.12.14

A partir de hoje,
É um decreto:
Não te amo mais!

Assim como se celebra um início,
Celebro o fim.
E escrevo um desenrolar,
Desenrolo o que pareceu me sufocar.

É lei para mim que,
Mesmo te amando,
Não te amo mais.

Se falo que ainda é,
É pelo fato de que
Ainda não me acostumei
Com o que não mais é.

Fui teu brinquedo,
Tua artimanha,
Fui tudo menos amor.
Então,  eu decreto sem dó:
Não quero mais essa dor!

Descobri sutilmente,
Novamente,
O quanto honestidade te faz falta.

Eu que fui louca,
Eu que fui confusa,
Eu que fui desejada com os olhos e boca e mãos e voz e ouvido e mente e corpo e mundo e alma,
Mas eu que confundi.

Não foste tu que
Estava amando outra moça.
Não foste tu que
Recebia a namorada em casa

Não foste tu o culpado
Que quis me jogar a loucura
De tua própria deslealdade.

Portanto, no maior alívio dos alívios, declaro:
Não te amo mais!

Não que ainda estivesse chorando de amor e saudade, não.
Eu só preciso decretar,
Para não mais cometer o crime,
Nem a gafe,
Que é te entregar qualquer parte de mim novamente.

Não te amo mais!
E que sensação maravilhosa!

Ps: cuida dela. Não mente como mentiste para mim. Diminui esse ego. Não faz ela ser só mais um instrumento que o encha. Não destrói a alma dela como fizeste com a minha. Não deixa teu rastro. E que a deusa a proteja.

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