5.9.12

é, sim.

é estranho que seja de mansinho,
mesmo que o manso tenha chegado rapidamente.
e é chato que o que ainda nem é
já esteja no perigo de nem ser,
desse jeito de mal chegar
e já estar querendo ir.
mas eu te digo: nem vai, fica.
para de querer ser mais um,
desses que chegaram
e quando vi, nem enxerguei mais.
é ir gostando, de pouquinho em pouquinho,
assim, devagarinho,
do meu jeito apressado, eu já sabendo
que isso tudo é algo bom.
e o manso pode continuar.
nem és mais um.
nem és tampouco o salvador da pátria.
nem és tanto assim.
mas vendo o mansinho deslizar,
ah, eu prevejo.
vais ser algo melhor do que o bom que já és.
nem sei se vais querer ou deixar,
e talvez nem aches que é assim.
só que eu tenho poesia pra te dar
e músicas a te cantar.
senti falta e o que faz falta vale a pena.
que haja luz em teus pensamentos,
porque eu, eu assim, por mim, acho que já sei.
nada de ser mais um,
porque não quero ainda que te vás.
a vida pode nem ser assim, facinha.
mas meu sentir, de repente, é.
é, é isso.
sem mais confusões ou delongas, é. só é.
podes até não concordar,

mas-é.

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