Talvez não haja alguma coisa que explique o quanto eu odeio perder sono. E como é raro de acontecer.
Mas não é impossível: quase sempre o caminho se segue por eu ter um pesadelo bastante real e em seguida acordar muito cedo e perceber que não era só pesadelo, era verdade.
Meu pesadelo do momento foi ter me apaixonado.
Mas por uma questão prática e de bom senso, já tinha decidido se o que aconteceu no sonho também aconteceu de verdade, eu ia sair da jogada. Óbvio que aconteceu. Eu não erro. É como se não houvesse uma distância de 3 mil km e eu soubesse, sem saber.
Eu saio da jogada, porque eu não sei lidar com quem me diz que me adora mas no outro dia some porque tá com alguém. Mesmo a gente não sendo nada, mesmo a gente nem sendo possível, eu não seu lidar. E mesmo a gente não sendo nada, ele já era o cara que eu gostava e, assim, acabei não querendo mais ninguém. Minha cabeça funciona assim. Se a dele, não, paciência.
Ps: ele era o cara que eu gostava. Era. Acabou.
Dói. Eu me fodo. Mas eu deixo.
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