6.10.12

e essa conversa de falta.

falta. sinto. sinto e falta. tanta gente de quem sinto falta. e tanta falta que faz o sentir. paro para pensar nos caminhos que percorri e que se hoje estou aqui é porque... bem, é porque eu percorri, corri, pulei, andei, parei... não é grande coisa. cada um sabe por quais caminhos andou e tira o proveito que quer disso. mas, feliz ou infelizmente, enquanto andamos - e não podemos parar -, deixamos pessoas pelo caminho. é bem verdade que encontramos outras. ninguém é insubstituível. mas ninguém é substituível também. é um paradoxo que me encontrou no caminho. mesmo que hoje estejamos felizes, há um momento em que sentimos falta de algo que ficou pelo caminho. não tem problema, logo passa. passado foi isso que ficou. o presente é algo mais lindo, é o que podemos fazer, é pelo que lutamos, é onde a felicidade mora. por isso que viver sem se preocupar com o que não é preciso ou simplesmente acontece ou não tem solução é uma receita velha - clichêzão - que talvez funcione. estou em paz porque depois de muito caminho percorrido e percebendo que ainda tenho muito a percorrer, eu não me preocupo com o que não preciso me preocupar. nem com a falta que sinto de vez em quando. quase nada surpreende, quando a gente amadurece percebe que tudo é muito comum. e é. até a surpresa que se está esperando. até a que não se está. aí o presente vibra: tudo explode em fogos de artifício como constelações de estrelas. é bom. é isso aí. a falta não pode ser presente, a falta é passado. o futuro a deus pertence (e a nós também). é só cuidar. falta. falta faz. falta faz e passa. sinto. sinto, sim. e o sentir é eterno.

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